Imagine-se como um comerciante em uma rua movimentada, com sua loja virtual exibindo uma variedade de produtos incríveis. Você trabalhou arduamente para construir sua presença online, mas há um problema:
Como atrair mais clientes para sua loja em meio a um mar de concorrência na internet?
Esta é uma questão comum enfrentada por muitos empreendedores digitais hoje.
É aqui que entra o mundo dos marketplaces – um oásis digital onde milhões de consumidores se reúnem para explorar uma infinidade de produtos de diferentes marcas e vendedores, tudo em um único destino.
Os marketplaces são como os shoppings centers virtuais do século XXI, oferecendo uma vitrine acessível e poderosa para os vendedores online, enquanto proporcionam uma experiência de compra conveniente para os consumidores.
Neste artigo, vamos mergulhar fundo no universo dos marketplaces: o que são, como funcionam e por que são uma ferramenta essencial para impulsionar as vendas no comércio eletrônico.
Se você está começando sua jornada como vendedor online ou já está estabelecido no mercado virtual, descubra como os marketplaces podem ser a chave para o crescimento e sucesso do seu negócio.
O que é um marketplace?
O conceito de marketplace vai além de simplesmente oferecer uma variedade de produtos em um único lugar – é como trazer o coração pulsante de um centro comercial para o mundo digital.
Imagine-se passeando por corredores virtuais repletos de lojas de todos os tamanhos e especialidades, onde cada clique revela uma nova descoberta. É como ter um shopping center ao alcance dos dedos, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
No Brasil, esse fenômeno ganhou força por volta de 2013, quando a Cnova, responsável pelas vendas das gigantes do varejo Ponto Frio, Extra e Casas Bahia, lançou sua plataforma de marketplace.
Esse movimento pioneiro abriu as comportas para uma nova era do comércio eletrônico, onde os consumidores encontram uma vasta seleção de produtos em um único destino online.
Com o surgimento de outros grandes players do mercado, o cenário do comércio online via marketplace tornou-se rapidamente aquecido. Os consumidores se viram agraciados com uma gama ainda maior de ofertas, enquanto os lojistas expandiram seus horizontes, alcançando novos públicos e ampliando suas vendas.
Enquanto isso, os proprietários dos marketplaces lucravam através das comissões recebidas dos vendedores, conhecidos como sellers, que encontraram nesses espaços uma oportunidade única de expandir seus negócios.
Assim, o marketplace se firmou como um ecossistema dinâmico e lucrativo para todos os envolvidos.
Qual o significado da palavra marketplace?
Marketplace” é um termo em inglês que pode ser traduzido para o português como “mercado” ou “local de mercado”.
No contexto empresarial e tecnológico, um marketplace refere-se a uma plataforma online onde vendedores podem listar e vender seus produtos ou serviços diretamente aos consumidores
Qual a diferença entre Marketplace e E-commerce?
Embora ambos os termos estejam relacionados ao comércio eletrônico, há diferenças significativas entre um marketplace e um e-commerce:
Modelo de negócio
Um e-commerce refere-se a uma loja online que vende produtos ou serviços diretamente aos consumidores. E nesse estilo, a empresa é tanto o vendedor quanto o proprietário da plataforma de vendas
Enquanto isso, do outro lado, o marketplace age como um intermediário, fornecendo uma infraestrutura para facilitar transações entre compradores e vendedores
Propriedade de inventário
O marketplace não mantém um inventário próprio, mas fornece uma plataforma para os vendedores alcançarem os consumidores. O estoque é descentralizado, pois engloba diversas pessoas envolvidas ofertando produtos
Já no e-commerce tradicional, a empresa é responsável pelo estoque dos produtos que vende. Ela compra ou fabrica os produtos e os armazena em seus próprios depósitos antes de vendê-los aos consumidores.
Responsabilidades e gestão:
A empresa no e-commerce tem que agir em todas as etapas do processo, desde a aquisição de produtos até a entrega ao cliente. Isso inclui gestão de inventário, processamento de pedidos, envio, atendimento ao cliente e gestão de devoluções.
Já a companhia dona do marketplace é responsável pela gestão da plataforma, incluindo a infraestrutura tecnológica, o processamento de pagamentos, o suporte ao cliente e a resolução de disputas entre compradores e vendedores.
Os vendedores são responsáveis pela qualidade dos produtos e pela entrega aos clientes. Isso se eles não utilizarem os famosos programas de fulfillment.
Variedade de produtos
Os marketplace geralmente oferece uma ampla variedade de produtos de diferentes vendedores e marcas, proporcionando aos consumidores uma grande seleção em um único local, até aqueles que são nichados.
Do outro lado, a loja online pode até oferecer uma variedade de produtos, mas todos eles são da própria empresa que gerencia o canal.
Como funciona o marketplace no Brasil?
No contexto brasileiro, os marketplaces operam sob o modelo de Custo Por Aquisição (CPA), uma estrutura na qual cada venda concretizada por meio de uma loja dentro do marketplace acarreta uma comissão.
Essa comissão, variando geralmente entre 9% a 20% ou até mais, constitui a base financeira desse ecossistema comercial em constante expansão.
Os principais protagonistas desse cenário são os gigantes do mercado, que possuem uma presença avassaladora em termos de publicidade e acesso aos seus sites.
Ademais, é importante ressaltar a presença marcante de grandes varejistas físicos que estendem sua influência para o mundo online, capitalizando sua renomada reputação para prosperar nesse ambiente digital em crescimento.
A sinergia entre o alto tráfego gerado por esses marketplaces e a infraestrutura robusta preparada para impulsionar as vendas é irresistível para inúmeros lojistas.
E funciona de maneira interconectada:
Esse ciclo virtuoso é o que impulsiona a economia digital do país, promovendo a interação dinâmica entre consumidores, lojistas e plataformas de marketplace, resultando em um ambiente comercial vibrante e em constante evolução.
Os 5 principais marketplaces do Brasil para você anunciar seus produtos
No cenário brasileiro, o mercado de varejo testemunha o vigoroso avanço das vendas por meio dos marketplaces, impulsionado por renomadas empresas que abraçaram essa modalidade e colheram frutos significativos.
Existem hoje diversos marketplaces, entre os nichados e regionais, é quase impossível de quantificar exatamente, só na Plugg.To por exemplo você encontra quase 80 canais.
Aqui vamos citar aqueles que estão a mais tempo no mercado brasileiro e se solidificam no imaginário de qualquer varejista, mas não podemos esquecer gigantes como Shopee, Shein, Centauro e tantos outros.
1) Mercado Livre
É um Marketplace genuíno e pioneiro.
Ele foi um dos primeiros no país que realmente oferece seu tráfego de visitas, estrutura do site, gestão de anúncios e demais serviços sem concorrer com seus Sellers.
Ou seja, o Mercado Livre não oferece produtos de um estoque próprio. Por isso consideramos o mais antigo e “puro” da modalidade no Brasil.
Ela inclusive figura no ranking anual das marcas mais valiosas da América Latina, o Brand Finance Latin America 100, elaborado pela Brand Finance, consultoria independente líder em avaliação de marcas.
2) B2W Digital
A B2W Digital é uma gigante do comércio eletrônico no Brasil, proprietária de marcas populares como Submarino, Shoptime e Americanas.com.
Se destacando pela abertura pioneira de suas lojas virtuais para outros vendedores, a empresa criou um ecossistema de negócios vibrante e interconectado.
Essa iniciativa democratizou o comércio eletrônico e fortaleceu sua posição como líder do mercado, impulsionando o crescimento e a diversificação do varejo digital no Brasil.
3) Via Varejo
A Via Varejo é uma das principais varejistas do Brasil, conhecida por oferecer espaço para outros lojistas em suas plataformas digitais.
Com marcas renomadas como Casas Bahia, Extra e Ponto Frio, a empresa possui uma ampla variedade de produtos. Sua abertura para vendedores externos promove um ambiente colaborativo no comércio eletrônico, consolidando sua posição como líder do setor.
4) Magazine Luiza
O Magazine Luiza, ou “Magalu”, é reconhecido como uma empresa com enorme potencial de crescimento no mercado, especialmente devido à implementação bem-sucedida de um marketplace em seus negócios.
Essa estratégia não só ampliou sua oferta de produtos, mas também impulsionou seu crescimento exponencial, tornando-o uma força líder no comércio eletrônico brasileiro.
A abertura do marketplace para outros vendedores não apenas diversificou suas opções de compra, mas também solidificou sua posição como uma plataforma inclusiva e inovadora no mercado digital.
5) Amazon
A Amazon Marketplace é reconhecida como uma líder no comércio eletrônico global, com grande potencial de crescimento devido ao sucesso de sua plataforma de marketplace.
Essa expansão estratégica não só ampliou sua oferta de produtos, mas também fortaleceu seu alcance global, oferecendo aos consumidores uma variedade incomparável de opções de compra.
A implementação bem-sucedida do Marketplace na Amazon tem sido crucial para sua posição como líder do setor, promovendo crescimento tanto para a empresa quanto para seus parceiros vendedores.
Quais os tipos de marketplaces que existem?
Podemos fazer a seguinte divisão:
Catálogo aberto:
Esses marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos em várias categorias.
Exemplos incluem Amazon, Mercado Livre e Magalu. São modelos clássicos.
Nichados:
Especializados em uma categoria específica de produtos ou serviços. Por exemplo, um marketplace exclusivo para roupas esportivas ou um para móveis.
Exemplos: MadeiraMadeira, RD Marketplace, Beleza na Web e Centaur
C2C (Consumer-to-Consumer):
O C2C conecta consumidores individuais que querem vender produtos entre si.
Exemplos: OLX e Mercado Livre
B2B (Business-to-Business):
Conecta empresas que desejam comprar ou vender produtos e serviços entre si.
Exemplo inclui Alibaba
B2C (Business-to-Consumer):
Operado por empresas que vendem diretamente aos consumidores.
Exemplos incluem Amazon e MadeiraMadeira.
Marketplaces de Serviços:
Concentra-se na oferta de serviços, em vez de produtos tangíveis.
Exemplos: Airbnb e Uber.
Esses são apenas alguns exemplos e muitos marketplaces podem combinar características de diferentes tipos. O modelo de negócios e a proposta de valor de um marketplace podem variar significativamente com base no tipo e no público-alvo específico que eles visam atender.
Como vender nos marketplace?
Para ingressar nos marketplaces, é necessário passar por um processo de análise cadastral, com cada plataforma impondo suas próprias regras e critérios para habilitar um vendedor.
Além disso, cada empresa aplica uma taxa de comissão distinta, o que pode influenciar na viabilidade financeira de cada transação.
Após a aprovação, o próximo passo é enviar os produtos para serem cadastrados na plataforma. Nesse momento, é crucial prestar atenção e cuidado, pois a qualidade da apresentação dos seus produtos terá um impacto direto nas vendas.
A escolha correta da forma de enviar seus SKUs (unidades de manutenção de estoque Para os marketplaces é fundamental garantir uma presença eficaz e atrativa.
Uma dica importante é que os marketplaces atualmente valorizam as ofertas de qualidade através de um esquema de reputação. Portanto, ao cadastrar seus produtos, certifique-se de que apresentam um excelente conteúdo.
Isso inclui imagens de alta qualidade, fichas técnicas completas e descrições envolventes que atraem os clientes. Lembre-se de que a primeira impressão é crucial para conquistar a confiança e o interesse dos consumidores.
Resquistos para vender nos marketplaces
A parte burocrática e das documentações também é muito importante, por isso vamos listar aqui itens imprescindíveis:
- Possuir um CNPJ (ou ser MEI) ativo e sem restrições.
- Ter o CNAE voltado para atividades de varejo (conforme exigido por algumas plataformas).
- Manter uma conta corrente associada ao CNPJ registrado.
- Estar apto a emitir nota fiscal eletrônica (NF-e).
Sempre lembrando que existem alguns marketplaces que podem pedir documentações específicas, porém isso não precisa ser um fator surpresa para você.
A Plugg.To criou a página de exigências dos marketplaces para você consultar de antemão o que pode ser requerido pelo canal que você pretende integrar
Como fazer uma estratégia de vendas para marketplaces
Agora que você está familiarizado com o conceito de marketplace, vamos explorar como essa modalidade pode impulsionar o sucesso da sua loja virtual.
O marketplace é mais do que uma simples plataforma de vendas; é uma estratégia essencial para expandir sua presença e alcançar um público mais amplo. Ao incorporar a venda em marketplaces em seu planejamento estratégico, você diversifica suas fontes de receita e maximiza seu alcance, sem depender exclusivamente de sua própria loja virtual.
No entanto, é crucial não considerar os marketplaces como a única forma de vendas, mas sim como parte de uma abordagem estratégica abrangente.
Para garantir o sucesso, é essencial entender profundamente os números de sua empresa, incluindo margens de lucro, poder de negociação e gestão de estoque. Dessa forma, você pode tomar decisões informadas e garantir que suas vendas nos marketplaces sejam lucrativas.
Lembre-se também de considerar as comissões que serão cobradas por suas vendas nos marketplaces. Esses custos devem ser fatores chave em sua estratégia de precificação e margem de lucro.
Além disso, é fundamental investir em tecnologias e ferramentas que simplifiquem a gestão de suas vendas nos marketplaces. Pesquise e identifique quais são suas necessidades específicas antes de escolher plataformas, integradoras e outros serviços para gerenciar seu negócio.
Priorize a qualidade sobre a economia, pois economizar em ferramentas essenciais pode prejudicar o desempenho e eficiência de suas operações.
Por fim, faça um planejamento detalhado e considere todas as variáveis possíveis antes de começar. Ao adotar uma abordagem estratégica e bem planejada, você aumenta suas chances de obter sucesso tanto nos marketplaces quanto no comércio eletrônico como um todo.
Quais as vantagens de vender em marketplace?
Acesso a uma grande audiência:
Os marketplaces geralmente têm um grande número de visitantes diários, o que significa que os comerciantes têm acesso imediato a uma audiência vasta e diversificada.
Alcance global:
Muitos marketplaces operam internacionalmente (chamamos de cross-border), permitindo que os comerciantes alcancem clientes em todo o mundo sem a necessidade de estabelecer sua própria infraestrutura de comércio internacional.
Baixo custo inicial:
Em comparação com a criação e manutenção de uma loja virtual independente, ingressar em um marketplace pode ser uma opção mais econômica, pois muitas vezes envolve menos custos iniciais e operacionais.
Credibilidade e confiança:
Muitos consumidores confiam em grandes marketplaces conhecidos, o que pode ajudar a aumentar a credibilidade e a confiança na marca do comerciante.
Facilidade de gestão:
Os marketplaces geralmente oferecem uma variedade de ferramentas e recursos para simplificar a gestão de vendas, como processamento de pagamentos, gerenciamento de pedidos e suporte ao cliente.
Marketing e publicidade:
Os marketplaces frequentemente investem em estratégias de marketing e publicidade para promover seus próprios sites, o que pode ajudar a aumentar a visibilidade dos produtos dos comerciantes.
Experiência do cliente:
Muitos marketplaces se esforçam para fornecer uma experiência de compra conveniente e segura, o que pode resultar em taxas de conversão mais altas e maior satisfação do cliente.
Quanto custa começar a vender nos marketplaces?
O custo para começar a vender em marketplaces varia muito, dependendo de vários fatores, incluindo a estrutura de taxas do marketplace, o tipo de produto ou serviço que você está vendendo, e se você precisará investir em programas da própria plataforma.
Aqui está um panorama geral dos tipos de custos que você pode esperar:
Taxas de inscrição e mensalidades
- Inscrição Gratuita:
Muitos marketplaces não cobram uma taxa de inscrição, permitindo que você crie uma conta de vendedor gratuitamente.
- Mensalidades:
Alguns canais podem cobrar uma taxa mensal para vendedores, especialmente para planos premium que oferecem mais recursos e visibilidade. Um exemplo disso é a Amazon, que cobra R$19,00 por mês
Taxas por Venda
- Comissões:
A maioria dos canais cobra uma comissão por venda, que pode ser uma porcentagem do valor da venda ou uma taxa fixa por item vendido.
Essas taxas variam consideravelmente entre as plataformas e às vezes dependem da categoria do produto.
Como integrar com múltiplos marketplaces através de um Hub de Integração
Agora que você já sabe tudo sobre os marketplaces, aposto que deve estar se perguntando: mas como fazer para vender em mais de um?
Sim, é possível fazer isso manualmente, mas envolve uma série de riscos e, acima de tudo, muito trabalho, afinal de contas você vai precisar abrir centenas de abas e vai ser muito difícil atualizar o estoque cada vez que algo for vendido em determinado marketplace.
E por outro lado, existe a forma segura de fazer isso, que é através de um hub de integração, uma plataforma na qual você conecta sua loja virtual e tem todas as informações dos marketplaces centralizada em um único lugar, um painel de controle.
Quer saber mais? Recomendamos que assista a um conteúdo super explicativo enquanto navega pelo site da Plugg.To, o Hub que possui integração com mais de 80 canais de venda